Reconstruindo a nossa História
22 Fevereiro 2024 | Quinta-feira 11h27
Titular de uma coluna no Jornal da Manhã em 1996, empenhei-me várias vezes na defesa da reconstrução do Monumento ao Mineiro no miolo da Praça Nereu Ramos. Inúmeras vozes se fizeram solidárias, mas jamais obtivemos o apoio oficial.
Entre as vozes inconformadas com a barbárie perpetrada em 1971 contra o patrimônio público pelo governo municipal esteve o arquiteto Nivaldo Hipólito. Em 1997, ele me chamou ao seu escritório.
Com o respaldo de fotografias e a estátua do mineiro como "régua", Nivaldo estabeleceu a métrica necessária para calibrar o programa de seu computador. O resultado meticuloso ficou guardado em meu acervo até a manhã de hoje.
Na semana passada, o presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Marcos Mendonça, me confidenciou o desejo de uma parceria com a Satc para reverter a destruição criminosa. "Então tenho um presentinho pra ti", respondi.
Marquinhos desconhecia a existência do projeto e repassou a novidade ao reitor da UniSatc, professor Carlos Ferreira. Nessa manhã, deixei uma cópia na reitoria.
A destruição de monumentos tende a ser irreversível, mas o simbolismo histórico inerente a eles, não. Assim como o Reichstag - a sede do Parlamento alemão - incendiado em 1933 e restaurado nos anos 90, há um débito a ser revertido aqui.
Não que faça tanta diferença assim para quem está jogando nos acréscimos o jogo de sua vida. Fará, contudo e com certeza, às futuras gerações. A quem lembraremos que uma perda material não nos privou de nossa memória.
Entre as vozes inconformadas com a barbárie perpetrada em 1971 contra o patrimônio público pelo governo municipal esteve o arquiteto Nivaldo Hipólito. Em 1997, ele me chamou ao seu escritório.
Com o respaldo de fotografias e a estátua do mineiro como "régua", Nivaldo estabeleceu a métrica necessária para calibrar o programa de seu computador. O resultado meticuloso ficou guardado em meu acervo até a manhã de hoje.
Na semana passada, o presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Marcos Mendonça, me confidenciou o desejo de uma parceria com a Satc para reverter a destruição criminosa. "Então tenho um presentinho pra ti", respondi.
Marquinhos desconhecia a existência do projeto e repassou a novidade ao reitor da UniSatc, professor Carlos Ferreira. Nessa manhã, deixei uma cópia na reitoria.
A destruição de monumentos tende a ser irreversível, mas o simbolismo histórico inerente a eles, não. Assim como o Reichstag - a sede do Parlamento alemão - incendiado em 1933 e restaurado nos anos 90, há um débito a ser revertido aqui.
Não que faça tanta diferença assim para quem está jogando nos acréscimos o jogo de sua vida. Fará, contudo e com certeza, às futuras gerações. A quem lembraremos que uma perda material não nos privou de nossa memória.