Sede do União Mineira completa hoje 50 anos

Bailes e domingueiras reúnem bom público

08 Abril 2022 | Sexta-feira 08h55

Fundada em junho de 1935, a Sociedade Recreativa União Mineira - ou simplesmente "o União Mineira" - celebra hoje o cinquentenário de sua sede própria. Denominado "gigante em concreto" pela Tribuna Criciumense na edição de 8 de abril de 1972, o imóvel resultou de doação da Companhia Brasileira Carbonífera Araranguá e intensa campanha dos associados.
 
Até ali, o clube reuniu os sócios numa "casa simples de madeira" ao lado, resgatou o semanário, local ocupado em seguida por um "posto de puericultura" (saúde). "Aqui era tudo da CBCA e a primeira sede mesmo foi no terreno da família Perucchi, na outra quadra", complementa o atual presidente Aírton Francisconi.
 
O primeiro presidente, de fato, foi Giacomo Santo Perucchi, pai de Reneu Perucchi, titular do cargo na inauguração da sede em 1972. A diretoria em 1935 - rememorou a Tribuna - contava com Antônio Larroyd, Mansueto Costa, Gregório Fernandes, Amélio Perucchi, Dolário dos Santos, Anibal Sonego, Silvestre Scotti e Hercílio Amante.
 Mobilização de associados em meados da década de 1960 / Arquivo SRUM
 Carnaval de 1952 (e/d): Valme Beneton, Irê Guimarães, Vânio Simon e Lila Casagrande

Carnaval de 1961: ex-vereador Lourival Lopes e esposa Vanildes

Baile Verde & Branco nos anos 80: Secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Aírson da Rosa, rei Momo Topanotti e prefeito José Augusto Hülse / Arquivo SRUM

Referência geográfica, o União Mineira nasceu na Vila Operária, mais tarde Operária Velha e hoje bairro Santa Bárbara. De bailes épicos para a apresentação de debutantes e de cantores famosos ao popularíssimo Verde & Branco nos carnavais, o salão revezava o entretenimento com o escrutínio dos votos nas eleições.

"Cada apuração era uma aula de como eleger certos candidatos", lembra o jornalista e ex-presidente da Câmara de Vereadores, Archimedes Naspolini. Suas melhores lembranças, porém, recuperam os bailes em que a extinta rádio Difusora, da qual foi diretor, promovia a escolha da "namoradinha da Difa".
 
A nostalgia contamina também o radialista Reginaldo Corrêa, filho de Valdir Porto Corrêa, ícone do dial entre os anos 60 e 70. "Meu clube do coração", entrega. "Grande  parte da minha vida passei ali. Foi onde aprendi a jogar boliche e meus primeiros passos de dança. Era realmente o clube das grandes promoções, como dizia o seu slogan."

Na inauguração, o presidente Reneu Perucchi discursa entre os radialistas Sebastião Farias (e), da Difusora, e Paulo de Lima, da Eldorado


Prefeito Nélson Alexandrino no microfone, deputado Sebastião Netto Campos e esposa (d)

Deputado Aristides Bolan e esposa (e)

Advogado Ney de Aragão Paz no microfone, arquiteto Fernando Carneiro (d)A placa de bronze inaugural de 1972 sumiu, assim como a da charmosa pracinha Ernesto Lacombe à frente. Atualmente, o clube realiza eventos nos sábados e domingueiras com excelente público. "Já fizemos uma reforma parcial e colocamos todas as contas em dia", garante o presidente Aírton. "Em junho, faremos um baile de aniversário."

Colaboração: Marilei Rodrigues Corrêa / Arquivo Histórico Pedro Milanez / Criciúma.

Nota do Editor: fotos sem registro de crédito pertencem ao meu acervo. Infelizmente, não consegui identificar a autoria das fotos da inauguração. Agradeço qualquer info.
 
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