Há 80 anos, Orson Welles bancava o pai das Fake News
Programa aterrorizou milhões de ouvintes nos EUA
30 Outubro 2018 | Terça-feira 11h15
Programas musicais, humor, jornalismo e dramatizações ocupavam o horário nobre do dial estadunidense na década de 30. O que não se cogitava ainda para as emissoras de rádio era o gênero ficção científica.
Na noite de 30 de outubro de 1938, um domingo, Orson Welles juntou quase tudo isso no programa Mercury Theatre on the Air, dirigido por ele e veiculado pela rede CBS. Quase tudo porque não teve a menor graça.
Numa era tão distante da boataria, agora apelidada de "fake news" e uma praga na mídia online desde os anos 90, Orson carregou na escrita verossímil.
Simulando a transmissão de um baile, interrompeu ou melhor irrompeu com vários "boletins" (fake) de um repórter (fake) que cobria a queda de um objeto voador desconhecido (fake, fake, fake).
O enredo e a roteirização, como se sabe, inspirara-se no romance-ficção A Guerra dos Mundos, do britânico H.G. Wells, lançado em 1898. A radiofonização gerou confusão, comoção e pânico de costa a costa.
Na noite de 30 de outubro de 1938, um domingo, Orson Welles juntou quase tudo isso no programa Mercury Theatre on the Air, dirigido por ele e veiculado pela rede CBS. Quase tudo porque não teve a menor graça.
Numa era tão distante da boataria, agora apelidada de "fake news" e uma praga na mídia online desde os anos 90, Orson carregou na escrita verossímil.
Simulando a transmissão de um baile, interrompeu ou melhor irrompeu com vários "boletins" (fake) de um repórter (fake) que cobria a queda de um objeto voador desconhecido (fake, fake, fake).
O enredo e a roteirização, como se sabe, inspirara-se no romance-ficção A Guerra dos Mundos, do britânico H.G. Wells, lançado em 1898. A radiofonização gerou confusão, comoção e pânico de costa a costa.
Em 1998, o professor da Ufsc, Eduardo Meditsch, organizou livro com os ensaios de 18 autores para resgatar a "megapegadinha" radiofônica do polêmico ator, diretor, produtor, cineasta e mais uma porção de coisas.
"Rádio e Pânico - A Guerra dos Mundos, 60 anos depois" (Florianópolis: Insular, 1998) está completando duas décadas.
Já os 80 anos do programa são destaque na mídia em todo o mundo nesta terça. Ganharam página no Twitter e obviamente uma hashtag, #waroftheworlds.
No âmago de tantas comemorações e para muito além de carreiras e egos, quem de novo se sobressai é ele, nosso estimado e sempre reciclado rádio.
Foram tantas as previsões (furadas) aludindo ao seu ocaso e tal nosso desejo em torno de sua onipresença eterna que ele nos atendeu. Daqui a dois anos, comemoraremos seu centenário. O rádio - decididamente - não sobrevive. Ele vive em nós.
Os 80 anos do programa Guerra dos Mundos / Google
CONTATO BLOG
neimanique1956@gmail.com
"Rádio e Pânico - A Guerra dos Mundos, 60 anos depois" (Florianópolis: Insular, 1998) está completando duas décadas.
Já os 80 anos do programa são destaque na mídia em todo o mundo nesta terça. Ganharam página no Twitter e obviamente uma hashtag, #waroftheworlds.
No âmago de tantas comemorações e para muito além de carreiras e egos, quem de novo se sobressai é ele, nosso estimado e sempre reciclado rádio.
Foram tantas as previsões (furadas) aludindo ao seu ocaso e tal nosso desejo em torno de sua onipresença eterna que ele nos atendeu. Daqui a dois anos, comemoraremos seu centenário. O rádio - decididamente - não sobrevive. Ele vive em nós.
Os 80 anos do programa Guerra dos Mundos / Google
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