Tubá FM no dial de Criciúma
Emissoras de fora invadem faixa local
07 Junho 2021 | Segunda-feira 19h39
O veterano Saulo Machado e o não menos decano do rádio catarinense Antônio Bento estão no dial de Criciúma e ambos, óbvio, pela manhã.
Atenção, porém: Saulo segue firme na rádio Araranguá e Antônio Bento forte como nunca na Tubá, emissoras de renome regional alçadas à banda FM em 2021.
Emparelhar todo mundo é resultado da migração AM / FM iniciada há poucos anos no Brasil. A transição rifou a visibilidade dos grandes veículos na faixa AM, entre eles a Tubá e a Difusora de Içara e em breve a septuagenária Eldorado de Criciúma.
O FM superpovoado ganha contornos de gôndola de supermercado: o consumidor (ouvinte) vai de uma ponta a outra e tem que checar bem o que procura. Haja dedos e ouvidos para quem não tem receptor com memória, app no cel ou link no note.
"Melhor áudio, outra acústica, linguagem renovada", comemora no modo combo a mudança Saulo Machado. Com 61 anos de idade e 35 de rádio, ele ancora o programa Dia a Dia na rádio Araranguá das 7 às 10 da manhã.
Trocar o tímido sinal nos 1.290 khz pela clareza nos 95,5 mhz oportunizou a Saulo o reencontro com uma audiência de Criciúma abandonada em 1992. "Está tudo muito recente ainda", admite surpreso, "mas é claro que as pautas serão mais abrangentes a partir de agora."
Emparelhar todo mundo é resultado da migração AM / FM iniciada há poucos anos no Brasil. A transição rifou a visibilidade dos grandes veículos na faixa AM, entre eles a Tubá e a Difusora de Içara e em breve a septuagenária Eldorado de Criciúma.
O FM superpovoado ganha contornos de gôndola de supermercado: o consumidor (ouvinte) vai de uma ponta a outra e tem que checar bem o que procura. Haja dedos e ouvidos para quem não tem receptor com memória, app no cel ou link no note.
"Melhor áudio, outra acústica, linguagem renovada", comemora no modo combo a mudança Saulo Machado. Com 61 anos de idade e 35 de rádio, ele ancora o programa Dia a Dia na rádio Araranguá das 7 às 10 da manhã.
Trocar o tímido sinal nos 1.290 khz pela clareza nos 95,5 mhz oportunizou a Saulo o reencontro com uma audiência de Criciúma abandonada em 1992. "Está tudo muito recente ainda", admite surpreso, "mas é claro que as pautas serão mais abrangentes a partir de agora."
Audiência ampliada virou rotina desde março para Antônio Bento, 65 anos, 46 de rádio e âncora do longevo Show do Rádio na Tubá. "De uma hora para outra, começaram telefonemas de Orleans, Braço do Norte, São Ludgero e até São Bonifácio", conta.
Levado ao rádio pelos manos José Nunes Bento, 75 anos, e Chico Bento, falecido precocemente aos 43, ele compara a migração a um "rejuvenescimento" do meio. "Eu mesmo me sinto rejuvenescido e vamos ter que nos reinventar", aconselha. "Tenho uma irmã que reside em Criciúma e agora ela me ouve diariamente."
Desde as primeiras audiências públicas da Anatel, a migração AM / FM vinha causando calafrios no mercado de trabalho. O temor era de uma reedição do processo de "satelização" iniciado nos anos 80, responsável por enlatar programações e zerar incontáveis empregos.
A troca no dial, de fato, tem sido devastadora quando coincide com a mudança no perfil da emissora. A conversão da Difusora AM para Massa FM em Içara foi tão emblemática quanto traumática. Em outubro de 2019, desempregou 10 profissionais, três deles do extinto departamento de futebol.
Na contramão, há quem prefira apostar nas novas audiências. A Tubá, por exemplo, dilatou os espaços jornalísticos. "Substituímos o programa Entardecer na Roça por mais informações", revela a jornalista Magda Martins, 36 anos, há 20 na emissora e âncora do vespertino De Mulher para Mulher.
"A mudança não é um processo isolado", pondera ela. "Precisamos nos adaptar ao que o público busca e por isso a Tubá oferece também várias plataformas de acesso. Estamos ao vivo no nosso aplicativo, na TV Cabo, no Facebook e no YouTube", relaciona.
Na fase "slim fit" quando integrada à rede Transamérica FM, a filiada de Araranguá contava com apenas dois DJs operadores, Jonatan Lopes e Renato Teixeira. A autonomia adquirida pela nova 92 FM exigiu mais três profissionais: Mano Dal Ponte, Dino Cardoso e Fernando Shock.
"Percebemos um público enorme carente do bom rock / pop com identidade local", justifica o diretor Flávio Roberto, manager também da agora Araranguá FM. "Com a migração da nossa antiga AM, os ajustes não serão poucos. Vêm muitas novidades por aí e reconheço que estamos trocando o pneu com o carro rodando", compara bem humorado.
Levado ao rádio pelos manos José Nunes Bento, 75 anos, e Chico Bento, falecido precocemente aos 43, ele compara a migração a um "rejuvenescimento" do meio. "Eu mesmo me sinto rejuvenescido e vamos ter que nos reinventar", aconselha. "Tenho uma irmã que reside em Criciúma e agora ela me ouve diariamente."
Desde as primeiras audiências públicas da Anatel, a migração AM / FM vinha causando calafrios no mercado de trabalho. O temor era de uma reedição do processo de "satelização" iniciado nos anos 80, responsável por enlatar programações e zerar incontáveis empregos.
A troca no dial, de fato, tem sido devastadora quando coincide com a mudança no perfil da emissora. A conversão da Difusora AM para Massa FM em Içara foi tão emblemática quanto traumática. Em outubro de 2019, desempregou 10 profissionais, três deles do extinto departamento de futebol.
Na contramão, há quem prefira apostar nas novas audiências. A Tubá, por exemplo, dilatou os espaços jornalísticos. "Substituímos o programa Entardecer na Roça por mais informações", revela a jornalista Magda Martins, 36 anos, há 20 na emissora e âncora do vespertino De Mulher para Mulher.
"A mudança não é um processo isolado", pondera ela. "Precisamos nos adaptar ao que o público busca e por isso a Tubá oferece também várias plataformas de acesso. Estamos ao vivo no nosso aplicativo, na TV Cabo, no Facebook e no YouTube", relaciona.
Na fase "slim fit" quando integrada à rede Transamérica FM, a filiada de Araranguá contava com apenas dois DJs operadores, Jonatan Lopes e Renato Teixeira. A autonomia adquirida pela nova 92 FM exigiu mais três profissionais: Mano Dal Ponte, Dino Cardoso e Fernando Shock.
"Percebemos um público enorme carente do bom rock / pop com identidade local", justifica o diretor Flávio Roberto, manager também da agora Araranguá FM. "Com a migração da nossa antiga AM, os ajustes não serão poucos. Vêm muitas novidades por aí e reconheço que estamos trocando o pneu com o carro rodando", compara bem humorado.
Entre as emissoras fortalecidas pelo acesso a Criciúma, a Marconi de Urussanga - desde 2018 nos 99,9 com 5 kw de potência - acumula otimismo.
"A gente só não pode perder o foco", assevera o gerente André Niclele, 32 anos, há 15 na emissora.
"Estamos agregando novos parceiros comerciais, entre eles Unesc, Esucri e Unimed, resultado de uma cobertura jornalística além de Urussanga, Cocal, Morro da Fumaça, Pedras Grandes e Treviso", assinala. "Mas isso não significa que estamos tirando o pé do nosso chão."
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neimanique1956@gmail.com
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