Canais educativos da TV aberta no ar

Se a pandemia colocou a escola dentro das casas graças à internet, a partir de segunda-feira a sala de aula vai ocupar a sala da casa. Ao menos para famílias com filhos e filhas nas escolas públicas estaduais e um único televisor no lar.
 
Lançado na quarta-feira pelo governador Carlos Moisés e pelo secretário de Educação, Luiz Fernando Cardoso, o projeto Educa SC já utiliza dois canais digitais na TV aberta. Um para o ensino fundamental, outro para o médio.
 
Com estreia nesta segunda, a programação cobrirá os 295 municípios catarinenses, garante o secretário Luiz Fernando. "Compramos frequências da NDTV Record num processo transparente sem a NSC TV porque a Globo não permite que suas afiliadas participem desse tipo de negociação."
 
Nas regiões de Criciúma, Tubarão e Araranguá, já é possível conferir a pré-estreia nos canais  25.2 e 25.3. É recomendável ativar a sintonia manual caso a automática do seu aparelho não consiga captar os sinais.
 
"Contamos com a parceria pedagógica da Secretaria da Educação do Amazonas", acrescenta Luiz Fernando. "É preciso olhar para o aluno que não tem computador nem celular e que no ano passado fez apenas exercícios que chegavam em casa."
 
O projeto inclui também um portal online com informações complementares. As aulas de 20 a 30 minutos serão transmitidas no período da manhã e reprisadas à tarde, à noite e nos finais de semana.
 
Ex-vereador em Criciúma e deputado estadual, Luiz Fernando fez questão de incorporar ao seu nome a pior marca que um político gostaria de ter: Vampiro. Personagem mítico que, segundo os dicionários, suga o sangue de pessoas ou busca riquezas e poder.

Projeto semelhante ao seu - é bom lembrar - foi iniciado em 1992 pelo ex-presidente da então Telesc, Douglas de Macedo de Mesquita, numa parceria com a Fundação Roquette Pinto, do Rio. Sob forte pressão da mídia estadual, a TV Caracol sucumbiu no ano seguinte por irregularidades na sua implantação. 

Imagens: Educa SC 
 
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