Um sexagenário flamboyant na Henrique Lage
Soberba, árvore resiste às mudanças urbanas
06 Março 2022 | Domingo 10h56
Majestático e incólume, assim permanece o flamboyant tão frondoso quanto outrora. Não, não é poesia.
Indiferente às mudanças urbanas radicais à sua volta, a gigantesca árvore aguarda sua hora na Rua Henrique Lage, a poucos metros da Avenida Álvaro Catão.
A foto produzida pela assessoria de imprensa da prefeitura de Criciúma - logotipo no canto inferior esquerdo - após 1976 mostra uma Henrique Lage de paralelepípedos e mão dupla. A via só seria asfaltada em meados de 1982.
Pelo enquadramento, percebe-se que foi clicada nas proximidades da esquina com a Rua Wenceslau Braz (à esquerda), acesso ao Hospital Materno Infantil Santa Catarina. O pavilhão à direita era a Admol, conceituada oficina de automóveis, de pé até hoje. Ao fundo, o soberbo flamboyant.
"Dizem que tem mais de 80 anos", repassa com algum exagero o funcionário de um posto de combustíveis próximo. "Se não tem isso, tem quase", confirma Zélia Rosa, membro da Igreja Presbiteriana situada na mesma rua e onde congregava o proprietário do terreno.
Funcionário público estadual, Adalberto Braglia foi um dos fundadores da Presbiteriana em Criciúma e atuou por vários anos como substituto de pastores. No terreno onde reina também uma enorme mangueira, ele fixou residência em agosto de 1960 e ali constituiu sua família.
"Acredito que o pai semeou estas árvores em seguida, talvez em 1961", revela o filho Válter Braglia, hoje residente no bairro Operária e técnico apaixonado pela restauração de rádios. "A maior parte da família mudou para outras cidades e ele faleceu em janeiro de 2004 aos 97 anos em Curitiba."
A idade também avançada do imenso flamboyant na Henrique Lage tem respaldo no histórico da planta. Importada de Madagascar para a América no início do século 19, ela dura em média 70 anos. Na primavera, agrega uma encorpada floração avermelhada, arrebatando admiração e selfies.
Colaboração: Marilei Rodrigues Corrêa / Arquivo Histórico Pedro Milanez - Criciúma
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Pelo enquadramento, percebe-se que foi clicada nas proximidades da esquina com a Rua Wenceslau Braz (à esquerda), acesso ao Hospital Materno Infantil Santa Catarina. O pavilhão à direita era a Admol, conceituada oficina de automóveis, de pé até hoje. Ao fundo, o soberbo flamboyant.
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"Acredito que o pai semeou estas árvores em seguida, talvez em 1961", revela o filho Válter Braglia, hoje residente no bairro Operária e técnico apaixonado pela restauração de rádios. "A maior parte da família mudou para outras cidades e ele faleceu em janeiro de 2004 aos 97 anos em Curitiba."
A idade também avançada do imenso flamboyant na Henrique Lage tem respaldo no histórico da planta. Importada de Madagascar para a América no início do século 19, ela dura em média 70 anos. Na primavera, agrega uma encorpada floração avermelhada, arrebatando admiração e selfies.
Colaboração: Marilei Rodrigues Corrêa / Arquivo Histórico Pedro Milanez - Criciúma
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